“This is CNN” é a expressão mais ouvida no canal de televisão norte-americano em todo o mundo. Aquela que é considerada a voz da CNN pertence ao ilustre e versátil ator nascido no Mississípi, James Earl Jones. A CNN, cuja sigla significa Cable News Network, foi fundada pelo empresário americano Ted Turner e afirmou-se como a primeira rede de notícias, por cabo, a emitir 24 horas por dia. Tudo começou a 1 de junho de 1980 com a primeira emissão da CNN a ir para o “ar”, a partir de Atlanta, nos EUA. A notícia de abertura versava sobre a tentativa de assassinato do líder dos direitos civis Vernon Jordan.

Os primeiros tempos, no entanto, não foram fáceis para a CNN. A cadeia de televisão enfrentou vários obstáculos até conseguir ganhar o respeito do mundo do “broadcast”. A aposta na cobertura de todos os eventos noticiosos, fossem eles grandes ou pequenos, determinou o sucesso da estação. A CNN oferecia, na década de 80, o que nenhum outro canal disponibilizava, adotando políticas para se aproximar de uma audiência global ao banir palavras e expressões como “estrangeiro” ou “aqui em casa” dos seus noticiários.

Foi em 1986 que o canal de televisão por cabo se afirmou em relação à concorrência com a cobertura “in loco” do desastre do vaivém espacial Challenger que, poucos segundos após descolar, explodiu à vista de todos, matando os sete tripulantes. Cinco anos depois, a CNN voltou a derrubar as outras estações com a sua cobertura, em direto, da Guerra do Golfo. De ambos os lados do conflito, os correspondentes da CNN - incluindo Bernard Shaw, Peter Arnett e John Holliman - tornaram-se rostos familiares do público.

Além dos noticiários, a CNN tem-se destacado pelas suas diversas séries em horário nobre, como é o caso de “Lou Dobbs Moneyline”, “Crossfire” ou o popular “Larry King Live”, que foi o programa de entrevistas com maior audiência no cabo ao longo de vários anos. A partir de 2013, o canal também começou a apostar em séries documentais, de que é exemplo “Anthony Bourdain: Parts Unknown”, que cruzava o mundo da gastronomia, das viagens e da cultura, com a narração inconfundível do chef norte-americano.

Em 1996, a CNN foi absorvida pelo conglomerado de entretenimento Time Warner Inc., mais tarde chamado de WarnerMedia. Inicialmente disponível em menos de dois milhões de lares nos EUA, a CNN tem hoje uma audiência global de mais de 160 milhões de pessoas.