No ISCTE, há uma sala dedicada em exclusivo à Pós-Graduação em Jornalismo, uma parceria com a Media Capital. Computadores, ecrãs e, a um canto, um pequeno estúdio com croma simulam uma pequena redação. Em setembro, a sala enche-se de alunos que perseguem um sonho. Querem ser jornalistas, têm afinidade com o mundo das notícias e da televisão e sentem necessidade de saber fazer. Ao longo dos últimos oito anos muitos têm conquistado esse sonho, outros descobriram novos interesses na área da comunicação – todos aprenderam mais sobre o mundo e, acima de tudo, sobre si próprios. Ser jornalista implica não ter medo da notícia, a sagacidade é aquela característica-chave, mas é preciso saber onde encontrar os factos para prestar um bom serviço ao público. E, neste tempo em que as fake news proliferam, é mesmo muito importante dar valor às fontes e credibilizar os meios de informação de referência como os melhores curadores da atualidade noticiosa sobre O Mundo Agora, a nossa assinatura.

Perto de um terço dos mais de cem alunos que passaram pela Pós-Graduação em Jornalismo encontram-se hoje a colaborar na Media Capital, a maioria nas redações da TVI e das rádios do grupo. Parte dos professores são jornalistas da TVI, transmitem o seu conhecimento e experiência, numa passagem de testemunho desta missão de Informar que nos junta a todos. Eles aprendem connosco, mas nem imaginam (acho eu!) o quanto também aprendemos com eles.

O curso tem uma forte componente prática. Durante a pós-graduação, os alunos fazem três estadas de um mês nas nossas redações e um estágio final. Ficamos a conhecê-los e criam-se laços porque só se consegue ensinar bem se estivermos lado a lado. Durante as aulas, os alunos trabalham também num site-espelho da TVI24, onde vão publicando os seus trabalhos e as notícias nos mais diferentes formatos. Aprendem como se escreve para o digital e todas as suas potencialidades, mas também como é que se trabalha um texto televisivo, em que a imagem é uma parte fundamental da narrativa noticiosa. Este foi um curso pensado para a televisão, rádio, mas também muito assente nas plataformas digitais, até porque é fácil adivinhar a resposta a uma das primeiras perguntas diárias que lhes coloco: “Onde viram a vossa primeira notícia do dia?” Alguém precisa da resposta? O digital, que ainda muitas vezes se ouve dizer que é o futuro, acontece agora. Para a semana começam os estágios deste ano, ligeiramente atrasados pela pandemia e por este “novo normal” que nunca pode comprometer a qualidade da Informação, nem a segurança de todos.