Tem 45 anos e há mais de duas décadas que trabalha como enfermeiro. Sempre de máscara, João Simões tornou-se, nos últimos meses, conhecido da grande maioria dos colaboradores da Media Capital. Na verdade, poucos são os que escaparam às suas zaragatoas. Porém, o que quase ninguém sabe é que o enfermeiro João Simões é um perito em quilling. E o que é quilling? “É um trabalho de artesanato, em que a matéria-prima é o papel, que tem de ser manuseado com muita delicadeza. É como fazer filigrana com papel”, explica o enfermeiro.

João Simões começou a dedicar-se ao quilling há cerca de cinco anos, num período com menos trabalho. A técnica, aprendeu-a com uma prima que vive no Brasil e que lhe enviou vários vídeos explicativos: “Fiquei logo fascinado. Tenho um jeito natural para este trabalho de artesanato que me dá muita tranquilidade. Ajuda-me a lidar com o stress”. Com a pandemia, o hobby tornou-se ainda mais importante. “Sou enfermeiro no Hospital Prisional de Caxias e o último ano foi terrível, não tivemos descanso. O quilling tem sido o meu escape.”

Com muitas inspirações, como o Coração de Viana ou os ovos Fabergé, João Simões confessa que o que lhe “dá mais gozo são as peças em 3D ou as encomendas personalizadas, como aconteceu com o pedido para fazer um ramo para uma noiva”. “Há mesmo quem não acredite que é papel”, diz, entre risos, o enfermeiro, que já chegou a ir a Leiria e a Viseu de propósito para comprar a matéria-prima para os seus trabalhos. “O papel tem de ter entre 90 e 120 gramas, pelo que nem sempre é fácil de encontrar.”

Com alguma nostalgia, João Simões confessa que sente falta das feiras que fazia pelo país para vender as suas peças. Hoje, está limitado ao online. Já a sua imaginação não tem limites. “Quero continuar a fazer cada vez mais peças, todas diferentes.”

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