O conceito de Soft Sponsoring foi “criado e cunhado pela TVI e posteriormente abraçado por todo o mercado nacional”. A garantia é de Bruno Jorge, Brand Content Manager do Grupo Media Capital, que desafia todos a colocar a expressão inglesa em qualquer motor de busca e a comprovar que os resultados surgem sempre em português. E se “a definição de Soft Sponsoring e a sua disseminação pelo mercado, até se tornar num termo transversal, foi através da Direção Comercial TVI”, hoje em dia o reconhecimento é grande. “O mercado continua a valorizar bastante a capacidade que o Grupo Media Capital tem de desenvolver ou criar histórias que integrem as histórias dos nossos clientes e suas marcas.”
Para quem não está familiarizado com a expressão, Soft Sponsoring define-se por uma “integração de marcas, produtos e/ou serviços nos conteúdos, de uma forma natural e orgânica, onde a utilização e a referência às marcas é feita no contexto da própria história”. Por conseguinte, “não existe qualquer diferença” entre Soft Sponsoring e Product Placement, outra expressão muito utilizada pelas direções comerciais. “Podemos, historicamente, afirmar que Product Placement ficou muito conotado ao manuseamento excessivo de produtos e presenças muito fortes de marca. Mas, na sua essência, são sinónimos.”
Quanto aos formatos ou conteúdos mais interessantes para integrar Soft Sponsoring, não há regras. “Depende sempre dos objetivos, público alvo e características do produto ou serviço em causa”, explica Bruno Jorge. “As novelas, no entanto, por recriarem situações do quotidiano com grande identificação junto do público, apresentam-se como uma plataforma de excelência para recriar situações de consumo.” A experiência da série “Morangos com Açúcar” é emblemática. Foi “um marco na televisão nacional, conseguindo quebrar muitas barreiras” e garantir a “integração de marcas e produtos orientados para um público mais jovem que não tinham, à altura, qualquer alternativa de conteúdo que os representasse”.