“O Diário de Anne Frank” estreia amanhã no Teatro da Trindade. A peça é uma adaptação do diário que a adolescente começou a escrever aos 13 anos e que narra os dois anos em que esteve escondida num sótão para fugir à perseguição nazi.

“Esta foi uma oportunidade para ter uma experiência teatral impactante, com um texto referencial para nos lembrarmos do impacto da II Guerra Mundial e do perigo de a história se repetir”, refere à MC News o diretor Artístico do Teatro da Trindade, Diogo Infante.

A peça foi encenada por Marco Medeiros, para quem “a maior dificuldade é conseguirmos regressar a essa época. É um livro que corre gerações e que nos passa uma mensagem importantíssima. Aliás, já dizia o Otto Frank, o pai da Anne Frank, que é importante conhecer o passado para planear o futuro”, acrescenta.

“O encenador fez um trabalho formidável com recurso a tecnologias que ajudam a potenciar essa proximidade com o texto e todo o elenco está empenhado em contar esta história com uma grande humanidade. E essa é a essência do teatro, provocar nos outros reações e reflexões”, afirma Diogo Infante.

“A minha motivação aqui é mostrar que não há ficção. Aquilo aconteceu, morreram 6 milhões de pessoas e não podemos transformar isto numa peça de museu, não podemos romantizar esta história. É uma peça muito crua”, conta Marco Medeiros.

Beatriz Frazão é Anne Frank e João Bettencourt veste o fato de Peter Van Daan, outro morador do sótão. A escolha das duas personagens foi feita através de um casting divulgado pelo Grupo Media Capital. “Estas audições impuseram-se porque não era fácil encontrar dois adolescentes que reunissem as condições técnicas, humanas e o perfil necessários para contar esta história. Felizmente encontramos dois atores fantásticos e estamos de coração cheio”, refere Diogo Infante.

A adaptação de “O Diário de Anne Frank” estará em cena até 13 de novembro.

Foto: Pedro Macedo