Dia 18 de Janeiro celebra-se o Dia Internacional do Riso. É bom reforçarmos o Internacional. Sim, porque o Dia Nacional do Riso é a 31 de cada mês, quando olhamos para o recibo de vencimento.

Bom, mas tristezas não pagam dívidas, rir é o melhor remédio e ri melhor quem ri por último. Ou seja, em todas as vertentes da nossa vidinha o riso, o humor, a comédia espreitam com a sua penca vermelhusca e impertinente.

Está cientificamente provado que o riso liberta hormonas que melhoram o funcionamento do corpo humano. Ou seja, dá saúde à pessoa rir. Quem ri bastante fica rijo como um pêro. Embora também não se deva ser um cu de riso, já que pouco riso pouco siso. Enfim, se uma pessoa ri de boca escancarada é porque é parvo, mas se ri sem mostrar a cremalheira é porque é snob, sisudo ou xóninhas. Ninguém sabe a medida certa. Eu, no que me toca, alinho com o partido dos parvos. Odeio snobes, detesto sisudos e abomino xóninhas. Posso dizer isto com segurança, visto que estou a escrever este texto depois de sair de uma reunião de condóminos.

Um estudo da Universidade Católica de Santiago de Coiso defende que o praticante de humorismo deveria ser considerado alguém que presta um serviço inestimável à nação e, como tal, passível de receber uma pensão vitalícia equivalente à de um deputado da Assembleia da República. Isto para além de uma comenda do presidente Marcelo, e da consequente Marcelfie.

Brincadeiras à parte, o riso traz benefícios como Redução do stress, Queima de calorias, Melhoria da qualidade de sono, Fortalecimento abdominal, Combate ao surgimento de rugas, Melhor circulação sanguínea, Melhor respiração, Melhoria da digestão, Fortalecimento do sistema imunológico, Estímulo da criatividade, Criação de laços com outras pessoas. Ou seja, em cada humorista há um medico que reúne especialidades diversas. Um super clínico. E o que é certo é que o médico americano Patch Adams sustentou que através do riso os doentes recuperavam mais depressa. Ideia que se tornou unanimemente aceite por toda a comunidade científica.

Por tudo isto a presença do humor nas televisões, nas rádios, nos jornais, na publicidade e no digital sejam uma constante. O humor, tal como a música por exemplo, é uma forma muito direta de passar ideias e mensagens. A absorção pelo cérebro é rápida e perdura. Não estou a puxar a brasa à minha sardinha, estou isso sim a meter a carne toda no assador. A carne, o peixe e a beringela, para os vegetarianos. O humor é uma iguaria benéfica e salutar.

Meio a brincar, meio a sério falei da importância do riso e da terapia que ele opera nas pessoas. Não creio que nenhum humorista se veja como um profissional de saúde ou mesmo como um curandeiro. Além disso há muito riso que não é provocado por um profissional. A conclusão é que rir, seja de uma piada, de um sketch, ou de uma situação do dia a dia é importante e surte o mesmo efeito. Ria. Só lhe faz é bem. E lembre-se que mesmo que não tenha dentes, não importa. Alguém vai acabar por o ver a rir com a cremalheira em mau estado e cria-se assim uma corrente de risota e, certamente, o mundo vai tornar-se um lugar melhor. É o meu conselho. Agora vocês é que sabem das vossas vidas.

PS - A subvenção vitalícia ao Comediante é algo que devia ser levado a sério. Não me estou a rir quando escrevo isto. Nós merecemos. Fica aqui o recado a quem de direito. E com retroativos, se faz favor.