Um ano depois de ter iniciado funções na TVI, Joaquim Franco não perdeu as ‘borboletas na barriga’. “Ganhei mais uns cabelos brancos, as ‘borboletas’ do desconhecido, essas já não as tenho, mas sinto ainda esse tremor diário do desafio, ao vir trabalhar, aliás espero que essa necessidade de desafio se mantenha até ao fim da minha carreira jornalística”, descreve o coordenador de médias e grandes reportagens - Repórter TVI -, que alia à função de editor de religião e cidadania.

Nestes 12 meses de novidades, teve a oportunidade de se “sentar à mesa das decisões editoriais”, de “aprender com novos camaradas de trabalho, com novas linguagens e novos métodos de funcionamento" e até mesmo a possibilidade de “autoaprendizagem e renovação”. Quando foi desafiado a dar formação em reportagem no lançamento da CNN Portugal, "adaptei procedimentos e estilos, analisei, sistematizei e confrontei conceitos que, muitas vezes, na velocidade e sem tempo para a reflexão, se transformam em preconceitos". Acrescenta: "Tive de rever notas e até apontamentos que tirei da minhas formações iniciais, há mais de 30 anos".

Este ano também o marcou pela possibilidade de avançar com uma “ideia que andava a burilar, a de ousar num registo de reportagem de viagens diferente na abordagem narrativa, com roteiros alternativos, gente e histórias dentro”. Dessa ideia nasceu uma série de reportagens de sucesso, “Vai dar uma curva”, que volta a estar agendada para 2022. “Vamos também dar continuidade a outras séries de reportagem que são marcas distintivas da TVI” – adianta o jornalista – “ao mesmo tempo que consolidaremos o género nobre da reportagem, com 'fôlego', temas e abordagens que procuram frescura e inovação no jornalismo televisivo”.

Ainda uma palavra para a tarefa de coordenação, em que o que o mais o atrai é a possibilidade de “detetar o melhor de cada um e de cada uma, contribuindo para o potenciar. Diria que esta é a mais desafiante função de um responsável por uma equipa de trabalho, até porque lhe exige, em coerência, que dê também o melhor de si”.