A evolução sofrida pelas Televisões de carácter generalista, nos últimos anos, obriga a que se reflita, de modo permanente, sobre as âncoras em que as Programações assentam.

Não cabe neste espaço teorizar acerca de modelos ideais. A realidade encarrega-se de facultar sinais para análise e compreensão dos ventos de mudança que transformam comportamentos e ajustam motivações dos espectadores/consumidores.

Há, no entanto, alguns pressupostos cuja perenidade se revela evidente, agora, como no passado. A relação dos públicos com o écran é construída na base de um jogo feito de sedução, em que confiança, atrevimento, inovação e capacidade de surpreender e emocionar andam de mãos dadas.

Jornalismo e Ficção são duas ferramentas essenciais nesse processo.

O primeiro porque é alicerce na construção do carácter que diferencia e, ao mesmo tempo, alimento na identificação que a proximidade traz, além de indutor da credibilidade, sem a qual a adesão não acontece.

A segunda porque o mundo é feito de muitas histórias e cada um tem e é uma história. A ficção emana da realidade e do imparável impulso de a criar e recriar. Através dela viajamos, convivemos, sofremos, amamos, choramos e sorrimos. E, acima de tudo, voamos nas asas do sonho.

A dramaturgia sempre foi um dos pontos fortes da TVI. Foi com as suas novelas e as suas séries que a Estação rasgou os padrões do domínio estrangeiro. Foi com a criatividade dos seus autores e a competência de atores, atrizes, realizadores e técnicos que a TVI criou, de braço dado com a Plural, uma marca apreciada, seguida e respeitada por milhões, cá dentro e lá fora.

As duas empresas fazem com que, na Media Capital, morem argumentos de peso para o Grupo ser um player importantíssimo no mais desafiante e competitivo combate do futuro, nesta área: o dos conteúdos. O espaço funcional é Portugal, mas o horizonte é o Mundo.