No início de 2021, quando Portugal era o pior país do mundo em número de mortes e de novas infeções por coronavírus, uma equipa da TVI composta pelo jornalista André Carvalho Ramos e pelo repórter de imagem Nuno Assunção “vive” dentro de um dos maiores hospitais do país, o Hospital de São João, no Porto. “Covid-19: O Diagnóstico” é a história desses dias. O trabalho está agora nomeado para os prestigiados prémios do 60º Festival de Televisão de Monte Carlo, no Mónaco, na categoria de Best News Documentary. “Este trabalho retrata aquele que será provavelmente um dos momentos mais negros da nossa vida coletiva”, sublinha André Carvalho Ramos. “Não consigo evitar o lugar-comum de dizer que esta nomeação já é uma vitória. Estamos entre os cinco melhores documentários do mundo naquele que é um dos mais importantes prémios internacionais de televisão.” O canal de Queluz de Baixo é o único em Portugal a receber uma nomeação para a edição deste ano do Festival.

No total, foram oficialmente selecionados 27 projetos de 14 países para competir no certame nas categorias de Ficção, Notícias e Prémio Especial Rainer III. Há uma década na TVI, André Carvalho Ramos não tem dúvidas de que o sucesso da reportagem se deve a um “verdadeiro trabalho de equipa”. “Com a TVI já fiz o inimaginável, desde estar em zonas de conflito, a ter feito a mesma travessia que milhões de refugiados fazem, por mar, para chegar à Europa. Mas este trabalho foi, seguramente, o mais duro do ponto de vista emocional. Há quem lhe chame uma guerra e, em certa medida, é mesmo uma luta muito difícil contra algo invisível.”

Ao longo do Festival, que decorre entre 18 e 22 de junho, um júri internacional de consagrados atores e profissionais da indústria participa da exibição de todos os trabalhos em competição. O anúncio dos laureados acontece na cerimónia de encerramento do Festival, com a entrega dos galardões que têm a forma de “ninfas de ouro”, inspiradas na Ninfa Salmacis, cujo original criado pelo artista monegasco François-Joseph Bosio pode ser visto no Louvre, em Paris. O evento conta ainda com a presença do Presidente Honorário, o Príncipe Alberto do Mónaco. “A nomeação de um projeto”, sublinha Laurent Puons, CEO do Festival, “é sempre um verdadeiro sinal de reconhecimento”, mas “a qualidade da Seleção Oficial de 2021 confirma” aquela que é “a reputação mundial da nossa competição”.

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