Eunice Munõz, considerada uma das maiores atrizes do teatro e da televisão, marca todas as gerações e enriquece, de forma única, a cultura portuguesa. Em 2021, celebra 80 anos de carreira, alguns deles ligados à história da ficção nacional e da TVI. Por essa razão, a estação e todo o Grupo Media Capital vão dinamizar e associar-se a um conjunto de iniciativas de homenagem à atriz.

Desde 1999 que Eunice Muñoz participa nos projetos de ficção da TVI. Entre as várias personagens memoráveis que interpretou, destacam-se Maria Sá Couto, uma célebre pianista que vivia um amor impossível. A atriz integrou o elenco de “Todo o Tempo do Mundo”, uma das primeiras novelas transmitidas pelo canal, ao lado de Ruy de Carvalho e Manuel Cavaco. Em “Mistura Fina” foi Guadalupe Lampreia ou “mãe Lampreia”, como era conhecida por todos. Eunice Muñoz fazia de matriarca da família, uma figura emblemática que tinha um repertório de truques e manhas para contornar a lei. Em 2010, na novela “Mar de Paixão”, foi a inesquecível Alice Simões, uma verdadeira mulher do povo que vivia entre pescadores e inspirava toda a comunidade.

A carreira de Eunice Muñoz começou em 1941. Estreou-se no teatro profissional com 17 anos, quando subiu ao palco do Teatro D. Maria II com a peça “Vendaval”. Poucos anos depois, estreou-se no cinema, no filme “Camões”, de Leitão de Barros. Nos anos 80 e 90 consolidou a sua carreira cinematográfica e televisiva, participando em filmes e telenovelas. Em 1993, interpretou a famosa personagem D. Branca em “A Banqueira do Povo”, de Walter Avancini, uma marca incontornável no seu impressionante percurso em televisão.

Ao longo da vida e da carreira, Eunice Muñoz foi várias vezes homenageada. Recebeu, em 1991, o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, por ocasião dos 50 anos de carreira. Em 2010, foi condecorada Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, e, em 2011, foi elevada a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2018, foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.