Com o trânsito intenso nas grandes cidades um motociclo pode surgir como opção para nos podermos deslocar de forma mais rápida. Mas será que é uma melhor solução ao automóvel?
Com o bom tempo assim parece, mas no inverno há algumas dúvidas.

Qual a melhor solução? Fique aqui com algumas dicas.

 

Custos de um carro versus uma mota

No momento da compra a pergunta nem se coloca. Qualquer boa mota é ainda assim mais barata do que um bom carro. Se analisarmos os preços, mesmo de carro usados, a mota neste capítulo consegue sempre ser uma vantagem.

No que respeita à manutenção a vantagem também pende para o para os motociclos. O custo de manutenção, pelo menos da generalidade dos motociclos, é mais baixo. O mesmo se aplica aos seguros.

E há ainda uma vantagem adicional em termos de custos. Nas portagens, exceto na Ponte Vasco da Gama, os motociclistas têm um desconto de 30% se utilizarem a Via Verde.

 

Consumo de combustível ou elétrico, melhor no carro ou na mota?

Nos veículos a combustão as motas apresentam consumos inferiores aos automóveis. Claro que quanto mais desportiva for a mota, pior, mas ainda assim bem longe dos automóveis desportivos. Uma consulta rápida a dados de alguns construtores mostra várias motas com consumos combinados inferiores a 4 litros/100 km. Poucos carros conseguem apresentar semelhante.

Já no que respeita a veículos elétricos a coisa muda de figura. Até é possível encontrar motas que gastam a mesma quantidade de kWh do que os carros elétricos. Mas há um problema. É que os carros elétricos tem praticamente todos melhor autonomia do que a melhor das motas, mesmo que a carregar precisem de mais tempo.

 

Qual o mais confortável?

Esta é uma questão relativa. Se perguntarmos a um motociclista habituado ele irá enumerar vantagens incluindo no conforto. Mas… com ar condicionado, sem apanhar chuva e a poder ouvir música tranquilamente, não há nada (ainda) como um bom carro.

 

Segurança um problema nos motociclos?

No passado talvez a comparação em termos de segurança tivesse aqui um fosso bem grande. Hoje em dia, uma boa mota até já pode ter ABS e há várias que a distância de travagem é até bem melhor que nos carros.

Mas, claro, há um pormenor. Quando algo corre menos bem num carro, temos a chapa e alguns airbags. No caso da mota, o “menos bem” pode significar de imediato a nossa pele ou pior. Neste campo, os carros irão vencer.

 

Trânsito e estacionamento, quem vence?

As motas vencem o trânsito compacto embora seja bom relembrar que existem regras do que podem ou não fazer por entre esse mesmo trânsito. Não se pode andar em zig-zag pelo meio dos carros…

E estacionar? Pois bem, aqui as motas vencem de novo. Cuidado porque, por exemplo em Lisboa, há zonas controladas pela EMEL onde esta frase pode levar a enganos. Há zonas na cidade onde as motas tem de ficar parqueadas apenas nas zonas designadas.

Por outro lado, se é verdade que qualquer cantinho é bom para deixar uma mota e um carro isso não ocorre, por outro convém recordar que, por lei, não pode deixar uma mota estacionada em cima de um passeio se isso impedir a passagem de peões ou impeça acessos.

 

Paulo Passarinho, coordenador-editorial AWAY.IOL.PT