Ela é um telespectador do canal de televisão, é um leitor do site e é um ouvinte na aplicação.

Ela é um utilizador de redes sociais, um seguidor, amigo, subscritor, assinante, é um cliente.

Ela é um perfil, um mural, uma bio, uma pegada de frases, fotografias e vídeos, um rosto de preferências e um rasto de cliques, de consumos, de cargas e descargas.

Ela é uma linha numa base de dados, em mil bases de dados, uma partícula garimpada por mineiros de informação, dissecada por analistas, padronizada por matemáticos, assediada por algoritmos, excitada por inteligências artificiais, incitada por maquinarias e controlada por maquinações.

Ela é um contribuinte, um eleitor, um utente, um beneficiário, um cartão de cidadão.

Ela é bombardeada por estímulos: veja já, leia agora, saiba tudo, ouça isto, aproveite ainda, compre barato, creia em mim, siga-nos, clique em baixo, vote em cima, alerta, notificação, email, última hora, primeira mão, abra, entre, fique, navegue, ligue-se, conecte-se, partilhe-se, escolha-nos, escolha-me – escolha-se!

Ela é tudo isto mas é, antes, depois e mais do que tudo isto - uma pessoa. É uma identidade única e irrepetível, com necessidades e vontades, pulsões e emoções, insistências e desistências.

É um corpo, um cérebro e um coração, que deteta a manipulação e detesta a estupidificação. Se não a tentarmos conhecer, falharemos em estar com ela. Se não a tentarmos ouvir, falharemos em tê-la connosco.

É por isso que, sim, ela é um telespectador do nosso canal de televisão e é um leitor do nosso site e é um ouvinte na nossa aplicação, mas o vidro que nos separa é menos que a marca que nos une, se persistirmos na confiança, insistirmos nos factos e perseguirmos a proximidade.

É isto que, na CNN Portugal, propomos todos os dias desde há dois anos, na TV e no digital. Não o sermos espelhos infinitos de nós mesmos, mas braços do mesmo corpo de informação, que não apenas se complementam, mas se amplificam na ambição de merecermos que as nossas vidas de informação, televisão e jornalismo façam parte das vidas das pessoas que nos escolhem.

A força do digital é a mesma força da televisão e ambas são a força da marca construída devagar e a cada dia. São meios para estarmos com a pessoa à nossa frente. Sabendo que temos as estatísticas instantâneas, as audiências, tráfegos e trânsitos, as leituras e visualizações ao segundo, as tendências, viralidades, vitalidades e futilidades do dia – mas que, no princípio e no fim, a pessoa que está à nossa frente tem o poder de ligar e desligar o mundo que lhe mostramos.

Na CNN Portugal, na televisão e no digital, à tua frente está uma pessoa, em todas as frentes está uma pessoa.

Pedro Santos Guerreiro, Diretor Executivo da CNN Portugal