Cozinhar é um lugar de conforto para Ana Guiomar. “Em família sempre estivemos muito tempo na cozinha, é uma zona de reunião e de união”, explica a atriz.
Esta permanência habituou-a a ver a mãe, a madrasta e a avó a cozinharem. Iniciou-se nas artes culinárias, foi-lhes tomando o gosto e, em 2015, lançou a página de Instagram “Mãe, já não tenho sopa” – frase inspirada no pedido que fazia à sua própria mãe “às quartas ou quintas-feiras”.
O objetivo inicial da página era “aproximar os jovens à culinária, desmistificar a dificuldade de cozinhar”, recorda. A atriz, que neste momento dá vida a Aida em “Festa é Festa”, pensava em especial nos universitários que, por falta de conhecimento, acabavam a comer menos bem. Seis anos depois, ‘Mãe, já não tenho sopa” tem 189 mil seguidores e centenas de receitas publicadas, saídas das mãos e da cabeça de Ana Guiomar.
É raro consultar livros ou sites de receitas, o que só acontece quando tem um ingrediente desconhecido proposto por uma das marcas com quem trabalha. “Acho os livros de cozinha muito bonitos, mas depois não lhes toco – nem no meu”, diz, a rir, sobre o livro que lançou em 2016 com o mesmo nome da conta no Instagram.
A “atriz e chefe amadora em casa”, como se descreve, gosta muito de cozinha tradicional portuguesa. “A nossa gastronomia é inacreditável”, afirma, apontando “cozido, arroz de pato e bacalhau à Brás” como pratos preferidos. E é precisamente da cozinha tradicional que vem o seu maior feito culinário: “Fiz uma sopa da pedra na quarentena e nem estava à espera que ficasse tão boa. Tudo de raiz, com tempo. Na quarentena fiz pratos incríveis”.
Outra proeza desse período foram umas “gyozas, com a massa feita em casa” ou não fosse a comida da Ásia a que mais a atrai depois da portuguesa. “Adorava especializar-me em comida asiática”, revela, destacando a tailandesa como a preferida. “Apesar de ser tão diferente da nossa, tem pontos de contacto”, considera Ana Guiomar, para concluir: “adoro”. "