Foi por causa de uma personagem para a novela “Deixa-me Amar” da TVI que o ator Joaquim Horta se desafiou, aos 30 anos, a aprender a andar de mota. As primeiras cenas eram arriscadas e optou-se por um duplo, mas o ator insistiu em querer equilibrar-se sobre duas rodas. Hoje, aficcionado por motas e também pela sétima arte, o ator conseguiu juntar o melhor de dois mundos ao tornar-se um dos organizadores do “Lisbon Motorcycle Film Fest”, festival de cinema dedicado às motas. “Assim tenho uma desculpa para ver filmes com motos e a família não reclama”, diz, entre risos, o ator que faz parte do elenco da novela “Bem me Quer”, atualmente em exibição no canal de Queluz de Baixo.

Com Joaquim Horta no comando, a cultura motociclista assalta o grande ecrã do cinema São Jorge, em Lisboa, entre 27 e 30 de maio. Na quinta edição, o evento tem uma programação variada: além dos filmes, haverá talks com convidados especiais e uma exposição fotográfica no Museu Nacional dos Coches. O documentário “Somewhere Else Together”, do alemão Daniel Rintz, é o destaque do ator, que sublinha que se trata de uma sequela de “Somewhere Else Tomorrow”, já exibido pelo festival numa edição anterior. “Foi um filme que inspirou muita gente, inclusive a filmar”, refere o ator, que gostava de poder contar com mais filmes made in Portugal.

Joaquim Horta, cuja primeira mota foi uma Yamaha FZ6, assegura só ter “uma mota de cada vez”. Confidencia ainda que espera ajudar os seus filhos a descobrirem a magia de viajar de mota com emoção, mas sempre em segurança. “O espírito de camaradagem é único.”

Fotografia: Manuel Portugal