Tratando-se do mais importante torneio de ténis em Portugal e o único a integrar o circuito mundial ATP, a edição deste ano decorre até dia 7 de abril, no Clube de Ténis do Estoril.

Na semana em que se inicia o Millennium Estoril Open, a MC News esteve à conversa Rita Sousa Machado, que integra a equipa de organização do evento, para perceber como se gere um evento tão exclusivo.

MC News: Este é o único torneio do circuito ATP em Portugal. Que diferenças implica este facto na organização do torneio?

Rita Sousa Machado: É uma responsabilidade grande organizar a única paragem que este histórico tour faz em Portugal. Para além da enorme visibilidade que tem para o mundo inteiro, é uma produção que envolve uma logística complexa e equipas internacionais de diferentes áreas de atividades que tornam o Millennium Estoril Open num evento de referência no panorama nacional.

MC News: Com que antecedência começa a ser feita a preparação do torneio?

RSM: No dia seguinte à final do Millennium Estoril Open, começamos a preparar a próxima edição. Como diz o diretor do torneio, João Zilhão, “são 51 semanas a preparar esta semana”. Finda uma edição do Millennium Estoril Open, seguem-se os briefings, o tratamento da informação recolhida, e os relatórios de retorno que nos permitem avaliar a edição que passou, compará-la com a anterior e traçar objetivos para a seguinte.

MC News: Há regras específicas para receber os nomes importantes do mundo do ténis que estarão este ano no Clube de Ténis do Estoril?

RSM: O Millennium Estoril Open é pensado e organizado em total sintonia com a ATP. Isto significa que há vários requisitos mínimos obrigatórios, múltiplas regras que a organização se compromete a garantir para que os jogadores tenham todas as condições necessárias à sua participação - desde as toalhas usadas nos jogos, que têm de ter três pré-lavagens, água disponibilizada em recipientes selados, ginásio disponível no clube e no hotel, transporte garantido para o recinto, entre muitas outras, mais ou menos flexíveis. Nada é deixado ao acaso para que as grandes estrelas do ténis possam estar apenas focadas na sua performance. A organização orgulha-se de poder dizer que a avaliação pós-torneio, feita pelos jogadores junto da ATP, tem sido extremamente positiva, sendo, inclusivamente, apontado como um ATP 250 “de referência” no circuito.

MC News: Este ano haverá alguma novidade no torneio?

RSM: Há várias, mas destacamos aquela que terá, talvez, mais visibilidade para o público e que se prende com a utilização de painéis LED no topo do court central. À semelhança de grandes torneios a nível mundial, a organização fez uma grande aposta na modernização do Estádio Millennium, que tem agora um court mais digital, com informação estatística relevante e conteúdos animados.

MC News: Pode-nos contar alguma história engraçada sobre a organização do torneio que possamos partilhar?

RSM: Não é uma história, mas um fun fact: para uma única paragem do ATP Tour em Portugal, é preciso encomendar cerca de 28 toneladas de terra batida e 8.000 bolas oficiais. Já o staff conta com mais de 400 pessoas a trabalhar durante todo o torneio.