Em 2022, sim foi só há dois anos, o país foi a votos e os debates na televisão tiveram um enorme impacto na escolha dos portugueses. Não apenas os debates, mas também os comentários e a análise sobre os mesmos. Não deixou de ser surpreendente porque ouvimos em permanência que os cidadãos estão desligados da política e desconfiam dos agentes políticos.

Com os serviços públicos ameaçados, as instituições em crise e a justiça em campo – mesmo que se discuta, de forma pertinente o timing de algumas operações – eis que voltamos às urnas num quadro de grande incerteza.

A democracia sempre encontrou soluções e os media, como os partidos, as organizações sindicais ou outros movimentos sociais, são uma parte do puzzle democrático. Prestam um serviço aos cidadãos, tanto mais relevante numa era em que a desinformação, as redes sociais e outras formas de comunicação estão tão presentes e têm elevado impacto na vida da comunidade.

Na TVI e na CNN Portugal, muitas das equipas da nossa Redação estão já mobilizadas para a Operação “Decisão 24”. Boa reportagem, diretos relevantes e debates decisivos no canal generalista; análise, comentário, tudo o que “está a acontecer” e soluções inovadoras com novas ferramentas de comunicação no Cabo, onde são também emitidos 10 Frente-a-Frente entre os candidatos.

Na rubrica “Factos Primeiro” fazemos fact check dos debates, para medir o rigor das afirmações e a credibilidade das promessas. No espaço “Os Consultores”, os especialistas em comunicação política analisam a forma e o conteúdo dos debates. E, finalmente, na rubrica “Pulsómetro” estamos a medir a “temperatura” nas redes sociais em relação aos debates, através de uma ferramenta tecnológica de análise instantânea de tendências.

Toda a operação de cobertura é baseada na lógica dos dois ecrãs: televisão em direto e informação complementar e permanente nas nossas plataformas digitais.

Este trabalho, em todas as frentes, envolve equipas multidisciplinares que vão para lá do jornalismo. Todos contribuem para um melhor trabalho jornalístico e uma melhor entrega, mas entre programadores informáticos e especialistas em estudos de mercado há muitos rostos que nunca vai ver em casa.

A televisão, clássica ou nova, é assim: feita em equipa para alcançar uma meta. A nossa, como a do país, também é 10 de março. No dia seguinte começa tudo de novo.