Os briefings eram claros. Queria-se um estúdio “irreverente” para a Rádio Comercial, um espaço “jovem e leve” para a Cidade FM e uma M80 com um estúdio “mais clássico, mas igualmente atual”. Rui Preguiça, arquiteto na Empresa Portuguesa de Cenários (EPC), que pertence à Media Capital, enfrentou os reptos com vontade de “elevar a fasquia”.  “Sei que não basta fazer um desenho bonito, tudo tem de resultar na prática. Os estúdios, por norma, são pequenos e o desenho da mesa, por exemplo, é sempre muito importante. Temos de ter em conta a posição do animador, que precisa de ver a régie, e também a colocação dos convidados.”

Rui Preguiça trabalha na EPC há seis anos. Começou por fazer os desenhos para os estúdios das novelas e depois tornou-se responsável por acompanhar a construção dos projetos idealizados no papel. Já nos últimos anos, tem vindo a liderar a construção de vários estúdios de rádio. “Em 2017, quando fizemos a Comercial, conseguimos surpreender. Isso foi ótimo, mas sei que daí para a frente as pessoas esperam sempre mais.”

Desafiado a fazer os estúdios da Cidade FM em 2018 e, mais tarde, da M80, em 2020, o arquiteto quis criar uma linha entre os diferentes espaços da Media Capital Rádios. Para tal, optou pela “utilização dos mesmos materiais e cores” e recorreu também a “um elemento que contorna todo o espaço que, no caso da Comercial, é o aço escovado e, na M80, é um elemento de madeira”. Os materiais e as cores na parede também se prolongam até ao teto. 

Atualmente, Rui Preguiça e a restante equipa da EPC estão a trabalhar noutro estúdio de rádio, para um cliente externo, a inaugurar muito em breve.