Foi há cerca de dez anos que, empenhado em fazer “algum exercício físico”, se juntou a um amigo e começou a fazer BTT, mais especificamente cross country. Depois de percorrer “alguns “estradões”, rapidamente a adrenalina pelas descidas sobrepôs-se a tudo o resto. Rui Ribeiro, chefe do Departamento de Design na Direção Criativa da TVI, é hoje um praticante de BTT Enduro. Para os leigos na modalidade e na terminologia, Rui Ribeiro dá a explicação: “O enduro é a prática de downhill com a possibilidade de pedalar. Subimos para ter o prémio de descer.”

Focado em manter a resistência física, o designer pratica BTT Enduro duas a três vezes por semana. O mais comum é encontrá-lo na Serra de Monsanto ou de Sintra. Rui Ribeiro faz ainda parte de um grupo com cerca de 80 pessoas, quase todas de Lisboa, que, de vez em quando, se desafiam a percorrer terrenos mais acidentados, como acontece em Terras de Bouro, na Lousã ou em Ponte de Lima. “É uma espécie de comunidade. Partilhamos o gosto por andar de bicicleta e, no final, beber umas cervejas.”

Apesar de não se considerar um profissional, Rui Ribeiro reconhece que, para praticar BTT Enduro, ter técnica é fundamental. Afinal, trata-se de “um desporto de alto risco”. “Vou sempre protegido, tenho um colete próprio e, quando faço downhill, uso o capacete fechado. O risco tem de ser controlado ao máximo.”

O designer confidencia que continua a guardar a bicicleta com que começou a fazer BTT. Mas, entretanto, já teve mais cinco. A justificação é simples: “leva-se muita porrada nas descidas, passamos por cima de tudo, damos saltos… As bicicletas não aguentam”, diz, entre risos, enquanto vai mostrando os braços com as cicatrizes provocadas por algumas quedas.

Aos 48 anos, e apesar de já ter partido uma clavícula a praticar BTT, Rui Ribeiro ironiza que, “enquanto for só chapa, não há problema”.