Se a adesão progressiva das sociedades modernas às soluções digitais tem ampliado as oportunidades, reduzido custos, e alterado a forma como nos relacionamos com a Informação, tal tem sido acompanhado da emergência de novos riscos e ameaças. Nos últimos anos a globalização da informação e a interconexão de sistemas e infraestruturas abriram espaço para fórmulas inovadoras de crime cibernético, que se renovam a um ritmo constante e diário, e da consolidação de um quadro normativo e prudencial complexo, exigindo um esforço de adaptação permanente para mitigar os riscos e danos potenciais.

Temos aderido, e bem, com enorme rapidez às vantagens que o digital implica nas nossas vidas e das empresas, mas nem sempre temos acompanhado este entusiasmo com as cautelas devidas e com as literacias necessárias para enfrentar os riscos.

A cibersegurança faz-se de um equilíbrio virtuoso entre ferramentas e tecnologias, processos sólidos, e comportamentos adequados. Todos os dias os profissionais da cibersegurança tudo fazem para minorar os riscos. Esta não é, porém, tarefa de uma só pessoa, ou algo que se possa promover de uma forma centralizada e concentrada num grupo restrito. A responsabilidade pela segurança da informação e proteção de dados pessoais é de todos, há um papel reservado a cada um. Só o compromisso individual e coletivo tornará o mundo digital - que faz parte do nosso mundo -, mais seguro.

Rodrigo Adão da Fonseca

CISO / DPO da Media Capital