A Empresa de Meios Audiovisuais (EMAV) gravou para a TVI o concerto que Pedro Abrunhosa deu no dia 11 de março na Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, Porto.

A realização foi coordenada por Mário Coelho e Gonçalo Fernandes, e anotação de Tomás Morais. Integrada no grupo Plural e pertencente ao universo de empresas da Media Capital, a EMAV foi a responsável pela produção técnica da gravação, na qual trabalharam cerca de 50 pessoas, desde a realização à assistência, e foram utilizadas 14 câmaras.

O trabalho de captar o concerto de Pedro Abrunhosa e da sua banda, os Comité Caviar, com a Orquestra Clássica do Sul foi desafiante. “Foram quase três horas de muita energia com meia centena de músicos em palco”, relata Mário Coelho, com o cansaço inerente e a necessidade de “garantir que a equipa está focada o tempo todo”. “Mas esta é a melhor equipa de operadores que há em Portugal, por isso o trabalho fica muito facilitado”, assegura.

Para que tudo corresse de forma perfeita foi necessário um minucioso trabalho de pré-produção, “que durou três semanas” e passou pela visualização de um concerto, igual, que Abrunhosa deu no Algarve. Esse concerto foi “anotado ao segundo” de forma a antecipar e ter as câmaras corretamente posicionadas para “gravar uma posição de Pedro Abrunhosa, um solo de bateria ou o arranque da orquestra, por exemplo”. Até mesmo os improvisos da estrela do espetáculo não apanharam a equipa desprevenida: além de várias conversas com o músico e o seu manager, a equipa “assistiu a muitos ensaios, de forma a prever quando os improvisos poderiam acontecer”.

É por isto que a anotação é a “parte mais complexa do trabalho”, garante o realizador.

Quanto ao produto final, Mário Coelho e a sua equipa quiseram “trabalhar a luz existente na sala, a beleza do enquadramento e conjugar a parte musical com a beleza dos planos”, o que só foi possível com a colaboração ativa da produtora Sons em Trânsito que “permitiu colocar as câmaras nos sítios certos”.

A forte presença dos espetadores do concerto é outra vertente que a realização quer marcar, já que se trata de um espetáculo ao vivo, com vários momentos em que o público é o protagonista, por exemplo quando canta. “Os espetadores fazem parte do espetáculo, estiveram muito presentes neste concerto, com um ambiente muito efusivo, e a decisão foi a de assumir o público em primeiro plano”. Até para dar uma ideia de imersão no concerto a quem estiver a assistir na televisão.

No resultado final serão essas as marcas da realização: a beleza da luz e do enquadramento, a presença forte do público, e permitir que os telespetadores “se sintam como se estivessem a ver o concerto, como se estivessem sentados na plateia”.