Foram novamente 51 semanas, de uma super equipa, a preparar aquela que será a semana mais especial do ano para muita gente, e não só para os amantes do ténis. Isto porque o Millennium Estoril Open é muito mais do que apenas um torneio de ténis: é gastronomia/vinhos/cocktails, é arte, é musica, é networking/relações publicas, é ativação de marcas, é animação para toda a família… é um evento de entretenimento no seu todo.

Em 2024 temos um quadro de excelência com dois Top10 (Casper Ruud e Hubi Hurkacz), os melhores portugueses, vários nomes sonantes como Gael Monfils e Dominic Thiem, jovens promessas como o brasileiro João Fonseca (17 anos e Nº1 do Mundo de Juniores) e tantas outras atrações, que fizeram com que grande parte das sessões já estejam esgotadas.

Poderíamos estar a celebrar a décima edição em 2024 mas será a nona, em virtude do cancelamento da edição de 2020 na sequência da pandemia que fez com que o mundo do desporto fizesse uma pausa forçada. Somos um torneio jovem e de reconhecido sucesso que já teve de ultrapassar importantes desafios no passado — desde o agarrar a oportunidade de, com escassas 11 semanas de preparação, assegurar a organização de um torneio do ATP Tour completamente novo no coração do Estoril em 2015, até à realização da edição de 2021 sem público e numa bolha para os jogadores, com dezenas de procedimentos ultra exigentes do ponto de vista médico/testagem/regras Covid-19/ATP.

Surgem novos desafios para o futuro e estamos neste momento em conjunto com o ATP Tour, a explorar todas as vias para que o torneio se realize em 2025 e anos seguintes, continuando assim uma longa e bem-sucedida colaboração.

Provações à parte, provámos ser capazes de crescer e inovar ao longo de quase uma década de vida. De bater consistentemente recordes de assistência. E fomos agraciados com um momento que perdurará para sempre na memória daqueles que o presenciaram — e que poderá mesmo ser considerado o momento mais feliz na história do ténis português: o triunfo de João Sousa na edição de 2018 do Millennium Estoril Open.

Nunca antes um representante luso havia ganho um título do ATP Tour perante o seu público. João Sousa fê-lo de maneira categórica, no dia seguinte a um extenuante duelo nas meias-finais com Stefanos Tsitsipas (ganho por 7-6 no 3º set) e após salvar dois matchpoints na segunda eliminatória face a Pedro Sousa. Com a pressão das expetativas de todo um país sobre os ombros e depois de o estádio cantar espontaneamente o hino nacional, o “Conquistador” exibiu-se de maneira irrepreensível.

João Sousa, o melhor tenista luso de todos os tempos, termina a sua carreira de jogador profissional no local da sua mais emblemática vitória. Esperamos que o público nacional lhe preste a melhor homenagem possível, qualquer que seja o seu trajeto na competição — e desejamos não só que seja um adeus apoteótico, mas também que dure o mais possível.

A Terra do Espetáculo, que já foi a terra prometida de João Sousa e que desejamos que o seja para todos os tenistas portugueses, também pode ser a terra dos milagres!