Diz que não sabe o que é um “dó”, um “ré” ou um “mi”, mas isso nunca o impediu de tocar piano. “É o instrumento musical que sempre me fascinou”, assegura João Patrício, Diretor Executivo de Entretenimento e Ficção da TVI. “Devia ter uns cinco anos quando o meu pai me comprou um piano digital. Comecei a tocar apenas por brincadeira. Hoje, o piano é como um amigo. Conhece os meus segredos todos.”

João Patrício confessa que não passa um dia sem tocar piano. Esse é, aliás, um dos motivos para haver sempre um piano nos estúdios onde costuma gravar. E, embora muita gente não saiba, algumas trilhas de “Dia da Cristina” e “Cristina ComVida” têm a assinatura do Diretor Executivo de Entretenimento e Ficção da TVI. “Às vezes, estamos em estúdio, começo a improvisar, sinto que aquilo podia dar uma boa ‘malha’ e peço ao operador de áudio para gravar logo. É uma grande vantagem!”

Em casa, João Patrício tem um piano meia cauda, semiacústico, o que lhe permite usar auscultadores e ficar “noite adentro num desabafo”. Apesar do piano também fazer parte dos convívios em família e com amigos, o profissional diz que não gosta de tocar “particularmente para alguém”. “É um momento de introspeção. Não preciso de audiência. Além do mais, não sou músico, sou apenas um curioso.”

O italiano Ennio Morricone, que compôs música para mais de meio milhar de filmes, é o compositor preferido de João Patrício. Porém, raramente se atreve a interpretar os temas de “Il Maestro”. “Ele é tão bom que chega a ser insultuoso tentar imitá-lo”, diz, entre risos. “O piano é, de facto, o grande instrumento. Tem uma nobreza de identidade extraordinária. Não consigo imaginar a minha vida sem tocar piano, seria uma enorme tristeza.”